A Polícia Federal de Campinas acionou a Interpol para auxiliar na
localização do acervo de livros raros que foram roubados do Centro de
Ciências, Letras e Artes de Campinas, no último dia 8. O caso está sendo
investigado pela Polícia Civil, mas como se trata de objetos que
poderiam atrair receptadores de fora do país, houve a necessidade de
intervenção da Polícia Federal. Durante o assalto, cinco criminosos
fizeram os funcionários reféns e levaram cerca de 100 obras.
Foi levada pelos bandidos uma coleção de obras francesas de botânica
datada do ano de 1.600. Além disso, documentos enviados ao ex-presidente
Campos Salles também foram roubados. De acordo com o delegado da
Polícia Federal de Campinas, Hermógenes de Freitas Leitão Neto, a
quadrilha terá mais dificuldades para levar as obras roubadas para fora
do Brasil com a Interpol no caso. Ele afirma que essa medida também
garante a devolução do material roubado, caso ele seja encontrado em
outro país. O delegado de investigações gerais de Campinas, Carlos
Henrique Fernandes, foi procurado para comentar o caso, mas não foi
encontrado.
O CCLA é patrimônio da cultura campineira. Tudo nele é "inestimável" para utilizar uma palavra de seu incansável presidente, engo. Marino Ziggiatti. Mesmo sabendo disso, os poderes constituídos, os intelectuais, professores, consumidores de cultura e de arte, afortunados empresários, famílias de posse tradicionais desta Campinas, pouco ou nada oferecem para sua sobrevivência e manutenção. Não se associam e nem contribuem, como poderiam e deveriam. Uma pena! A sede do CCLA não tem segurança e nem recursos para providenciar algo para sua proteção. Um grande tesouro de conhecimentos totalmente exposto.
ResponderExcluirCide, vivo há mais de quarenta anos em Campinas. Era considerada uma cidade culta quando aqui cheguei. Hoje, que ela é uma cidade universitária, e a gente sabe que uma pequena parte da população
ResponderExcluirdo mundo tem a chance de chegar aos cursos superiores, justamente
agora, ela despreza a cultura e até a sua própria história. Envie seu comentário para o Correio do Leitor. É o que faço diante das
injustiças que me incomodam.